9. A Segurança Social Pública
A reforma da segurança social que o PS levou a cabo tornou-a sustentável. Contudo, ela fez-se num quadro clássico de financiamento que urge adequar às novas realidades económicas.
Além do financiamento individual por cada empregado, próprio do mundo herdado da era industrial, há que conjugá-lo com as novas realidades económicas e empresariais, em que o rendimento não depende exclusiva nem sequer essencialmente do número.
Enquanto o resultado das novas tecnologias não se reflectir na redistribuição dos horários laborais, como, aliás, aconteceu com a revolução industrial, a manter-se o mesmo figurino de financiamento, cair-se-ia na famosa “sociedade dos dois décimos”.
Essa ideia é socialmente injusta e economicamente estulta, porque parte do princípio que, ao contrário do que sucedeu com a industrialização, se manteriam eternamente as mesmas relações laborais e que tudo o resto ficaria estanque.
Alem de ser economicamente inviável uma sociedade que expulsasse do sistema produtivo oitenta por cento da população, seria, do ponto de vista civilizacional não um sinónimo de progresso mas uma regressão incompatível com a própria ideia de progresso que implica a evolução das sociedades.
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