A alternativa que se impõe exige, portanto, a existência de forças políticas organizadas e actuantes em parceria global que alimentem e se alimentem de um novo pensamento crítico e consensual para uma nova ordem mundial de cidadania. E aqui está a grande responsabilidade dos Partidos Socialistas. A presente crise, apesar de representar uma real derrota em campo do pensamento neoliberal, não suscitou, contudo, o seu repúdio nos sufrágios eleitorais graças à forte persuasão da não alternativa a este modelo, mas também porque estes partidos da área do socialismo democrático, muitas vezes, se têm limitado a querer ou poder gerir com menores danos, tipo aspirinas, este mesmo modelo.
Contudo, como pretende a direita, é errado dizer-se que todos os partidos são iguais, que atingimos o fim das ideologias.
De uma forma organizada, continuada e global, o Partido Socialista, pela sua matriz social, poderá garantir uma nova cidadania de homens livres, mas será sempre o resultado do maior ou menor empenho de cada qual nesse compromisso de contributo para a cidadania.
Dizer-se à boca grande pretensas verdades, como: “Não há nada a fazer. (…) Muitas das ‘conquistas dos trabalhadores’ vão regredir.” ou “(…) Não vale a pena protestar. O que não tem remédio remediado está.”
Pode um grupo de cidadãos em ligação ocasional e imprecisa desenvolver uma acção de cidadania numa freguesia ou concelho, muitas vezes até, numa lógica anti-partidos. Mas não saberá motivar as populações ou perspectivar resultados para além da tal fatídica esquina da nossa rua.
O Partido Socialista, com mais ou menos avanços e recuos, permanecerá com a garantia do seu património ideológico e com o impulso dinâmico e sentido dos seus militantes nas mais variadas freguesias deste País. E na união com outros partidos parceiros a nível internacional formará a corrente capaz de contrariar ou inverter o desgoverno mundial responsável por esta profunda crise.
Moção, Mais PS, ponto 14,
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