O Presidente do Governo Regional da Madeira, Dr. Alberto João Jardim, queixou-se publicamente de não ter sido ouvido nem achado pelos elementos da Troika, BCE, FEEF e FMI que neste momento estão em Portugal.
O Dr. Alberto João Jardim queixa-se e com razão. Para utilizar uma expressão popular, a troika tem ouvido “cão e gato” e não dá cavaco àquele que o PS-M já consider
ou e bem o “embaixador do FMI” na Região. Não fosse o caso sério e chamaríamos a mais este episódio um “incidente diplomático”. Na verdade, o FMI não pode ignorar quem tão bem o representa.
Na verdade, quem mais defendeu publicamente a entrada do FMI no nosso País foi justamente o Dr. Alberto João Jardim e a direita. Agora, no entanto, parece ter sido afectado por uma nostalgia com a presença da Troika em Portugal. Se calhar a nostalgia do arrependimento.
Mas há uma outra razão para o Dr. Jardim ser recebido pelo Troika: haverá entidade mais desgovernada em Portugal do que o seu Governo? O Dr. Alberto Jardim é, na verdade, reconheçamo-lo sem hesitações, o mérito: o Presidente do GR ainda em funções é o campeão do despesismo e do investimento inútil.
Mas este episódio revela ainda mais uma outra realidade: a desconsideração da Direcção Nacional do PSD pelo líder do PSD-Madeira. Então o Dr. Passos Coelho não poderia ter incluído o Dr. Jardim na sua delegação que negoceia com a Troika? Podia e devia!
A não inclusão do Presidente do Governo Regional na delegação do PSD revela ainda duas coisas: que as relações da Madeira com um eventual governo nacional da direita do PSD seriam tudo menos pacíficas, por um lado; por outro, que o PSD nacional não confia na informação que lhe chega da Região sobre o estado das contas públicas na Região e tem medo de que os esqueletos nos armário da região revelem as assombrosas dívidas escondidas nas das catacumbas das Finanças Regionais. O PSD nacional tem medo de assombrações!
Finalmente o Partido Socialista toma boa nota da declaração e da disponibilidade do Presidente do Governo Regional em não aplicar na Madeira as medidas do FMI a que constitucionalmente não esteja obrigado. Fica para memória futura e como marco de incoerências passadas. Voltaremos a este assunto mais cedo do que tarde…
Funchal, 28 de Abril de 2011
O Presidente do PS-Madeira
Jacinto Serrão
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