A elaboração da candidatura do PS à Assembleia da República envolveu todos os órgãos do Partido, sensibilidades, correntes de opinião e as bases socialistas que são, hoje e sempre, a força essencial na defesa do Socialismo Democrático, contra ventos e marés, interesses instalados e comodismos, força indispensável para o combate que urge travar: o combate por mais democracia, mais justiça social e mais autonomia.
Na verdade, a candidatura do PS-M baseia-se nestes três vectores:Primeiro, a defesa da Democracia. Ainda hoje, a poucos dias dessa data histórica, o terceiro “D” da Revolução, o “D” de Democracia está por cumprir na Região.Segundo, a candidatura do PS-Madeira tem como alvo a justiça social baseada na defesa do Estado Social e dos direitos dos trabalhadores da Função Pública e do Sector Privado. Professores, enfermeiros, médicos, funcionários públicos em geral, trabalhadores dos serviços em geral, da hotelaria e afins merecem a nossa particular atenção, sobretudo quando assistimos ao esbanjamento vergonhoso do Orçamento e que deveria servir para ajudar os trabalhadores, as famílias e a economia real, tal como acontece nos Açores.
Terceiro, defendemos a Autonomia, uma Autonomia para todos, quer a nível político, quer a nível social. Queremos mais poderes e clarificação de competências, mas que esses poderes correspondam a políticas que vão ao encontro das pessoas e do desenvolvimento sustentado. Por isso recusamos estas políticas do Governo do PSD que, apesar de defender o FMI, criticava os sucessivos PEC’s, mas aplicou-os na íntegra na Madeira quando é certo que o Governo do PS nos Açores não o fez, criando complementos de reformas, de abonos de família e sobretudo complementos salariais para compensar os cortes salariais. O PSD, como é sabido, preferiu jogar o dinheiro ao mar, construindo marinas e esbanjando em campos de golfe e de futebol e outras barbaridades despesistas.
O PS-M definiu, cá e lá, um projecto autónomo e uma estratégia clara, em que assume o compromisso de defender, intransigentemente, a Madeira, os madeirenses e porto-santenses e um modelo de desenvolvimento para tirar a Região desta profunda crise estrutural que resulta, essencialmente, das políticas irresponsáveis e esbanjadoras de quem nos governa há 35 anos.
Artigo de opinião publicado no DN, 22.04.11
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