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Portugal como desígnio de si próprio

quinta-feira, 24 de março de 2011

Não ao leilão em que a Direita lançou o poder no País

A Direita lançou o País numa grave crise política de consequências imprevisíveis a nível económico e financeiro.
Alguns responsáveis políticos da área da direita querem, agora, um Governo com a participação do Partido Socialista
Sejamos claros: a demissão do Primeiro-Ministro e do Governo deve dar lugar a novas eleições. A crise deve ser resolvida pelo voto dos portugueses.
A governação do País assenta em princípios programáticos e não é nem pode ser um exercício de poder pelo poder.
“Um Primeiro-Ministro sério não pode governar contra os seus princípios”, como disse o líder parlamentar do PS na Assembleia da República.
Condenamos as políticas neoliberais impostas por uma Comissão Europeia e uma Europa dominada esmagadoramente pela Direita neoliberal.
É bom lembrar que a Madeira têm Governo próprio e que o PS-Madeira, com propostas na ALM, sempre se opôs que estas medidas fossem aplicadas na RAM. O Governo do PSD-Madeira aplicou-as todas e depois lamenta-se, sem vergonha, dos seus efeitos na crise social em que lançou a nossa Região.
Mas a verdade é que o que a Direita portuguesa propõe aos portugueses é verdadeiramente tenebroso para o nosso futuro.
A Direita quer o Fundo Monetário Internacional em Portugal, e os efeitos serão dramáticos para a vida dos portugueses: fim do subsídio de natal, fim do subsídio de férias, cortes ainda mais drásticos dos salários dos portugueses, impostos mais elevados, despedimentos e dos funcionários públicos em geral.
A direita está sedenta do Poder, mas tem medo de exercê-lo sozinho, por isso quer levar o PS junto com ela para o poder.
Mas, em Democracia, quem ganha deve governar, quem perde deve ir para a Oposição. Por isso, não entendo que possa haver quem, no PS, fique satisfeito com convites envenenados de políticos da direita – incluindo Alberto João Jardim – para que o PS apoie a Direita e as suas políticas anti-sociais.
Falam como se a Direita já fosse poder e como se o PS não fosse ainda o maior Partido Português.
A nossa resposta, em nome do Socialismo Democrático, é não ceder. O PS só deve exercer o Poder como resultado do voto dos portugueses e não pode abdicar do seu programa para o conseguir.
Não participaremos no leilão em que a Direita lançou o poder do nosso País. O poder conquista-se pelo voto. Não se conquista por arrematação em hasta pública dos interesses de clãs e de grupo.

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