Vivem-se momentos difíceis na nossa Região. Há muito que o PS-Madeira vinha alertando para as políticas irresponsáveis que o Governo Regional do PSD desenvolvia, sem se importar com as consequências.
O Presidente do Governo Regional adoptou, ao longo dos tempos, uma estratégia que consiste em efectuar obras públicas sem nunca se preocupar com o problema da acumulação da dívida pública regional. Algumas dessas obras beneficiaram madeirenses e porto-santenses. Porém, um grande número de edificações, absolutamente megalómanas e inúteis, só serviu para satisfazer uma certa clientela.
Com a crise internacional a intensificar-se, o PS-Madeira voltou a insistir na necessidade premente de o Governo Regional rever as suas prioridades, preocupando-se sobretudo em estimular a economia regional, pagando a tempo e horas, de modo a que pequenos e médios empresários superassem as dificuldades financeiras e a ausência de crédito bancário. Seria sobretudo uma forma de travar o desemprego que já crescia desde 2004.
Hoje é claro que as dificuldades económicas da Madeira resultam de uma política "irresponsável" do PSD-M e do Governo Regional. Alberto João Jardim esgotou, no entanto, todas as suas possibilidades de governar com base na mistificação, na desresponsabilização e na culpabilização de absurdos “inimigos externos”. Sempre olhou “prà frente”, sem se preocupar com as dívidas que ia deixando atrás de si. Segundo a sua visão ameninada da governação, alguém pagaria todas as contas, todos os exageros. Para ele e para uma geração de políticos a ele enfeudados, pouco importa que sejam gerações futuras de madeirenses e porto-santenses a terem de pagar as dívidas, com língua de palmo.
No Porto Santo, o ainda Presidente do Governo Regional reconheceu que já perdeu o controlo e que a Região necessita urgentemente de liquidez para assumir as suas responsabilidades, mas não quis assumir que as derrapagens financeiras e o aumento galopante da dívida pública decorrem de erros clamorosos que são do passado e do presente ao assumir opções erradas em termos orçamentais.
Alberto João Jardim assemelha-se a um general desorientado, à beira de um abismo, apontando irresponsavelmente “prà frente”, sem se preocupar com a altura da queda.
Que fazer agora? Com os pés bem assentes, os Madeirenses não podem ter medo. As soluções encontram-se na mudança. Os Madeirenses podem confiar no projecto alternativo socialista, encabeçado por Maximiano Martins. Rigor, responsabilidade e esperança, estas são a base da mudança. Chegou a hora!
Artigo publicado no Diário de Notícias da Madeira, 22.08.11
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